A Lei seca (Lei nº 11.705/2008) foi elaborada com o objetivo de estabelecer alcoolemia zero e impor penalidades mais severas a motoristas e motociclistas, preservando vidas. Com a aprovação dessa lei, o Código de Trânsito Brasileiro foi alterado, provocando grandes mudanças nos hábitos da população brasileira.
Associadas à fiscalização, as campanhas de conscientização têm a finalidade de expor os riscos de dirigir depois de ter ingerido bebidas alcoólicas. Substância psicoativa, o álcool pode alterar percepções e comportamentos, aumentar a agressividade e diminuir a atenção, prejudicando a aptidão de um condutor e tornando a direção veicular insegura.
O seu uso está estreitamente ligado às mortes por acidentes de trânsito e, mundialmente, em cerca de 35% a 50% das mortes registradas nas vias, constata-se a presença de álcool, segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET).
Com taxas, mesmo baixas, de alcoolemia, os olhos se movem com menor frequência, reduzindo o padrão de busca de riscos na cena, fixando-se em determinadas áreas por um tempo maior do que o normal e deixando de perceber o que está ocorrendo no restante do campo visual.
O consumo de bebida alcoólica provoca, ainda, alterações do comportamento, das noções de perigo e do nível de consciência, inibindo barreiras morais e causando perda da autocrítica. Por essa razão, condutores sob efeito de álcool são mais propensos a dirigir em alta velocidade e a não utilizar o cinto de segurança, resultando em acidentes mais graves.
Assim, nenhum nível de álcool no organismo é seguro para conduzir um veículo. Então, se for dirigir, não beba.